A série pretende levantar questões sobre identidade a partir da visão do sociólogo Bauman (2005), que nos alerta sobre o contexto atual do capitalismo tardio, denominado por ele de modernidade líquida, na qual qualquer busca por uma identidade estável dentro de uma comunidade segura é impossível. Isso ocorreria segundo ele, devido a velocidade das transformações, dos excessos de deslocamentos, das fragilidades dos laços humanos, da descartabilidade das relações sociais e dos estilos de vida que são vendidos e consumidos vorazmente. Essa concepção foi representada nos trabalhos a partir da inserção de pequenas abas em figuras humanas femininas vestidas e produzidas de acordo com referências visuais de diferentes estilos de moda encontrados em revistas femininas brasileiras da década de 70. A presença das abas nas roupas de papel, permite que elas e demais acessórios sejam trocados livremente de acordo com a ocasião social imaginada ou concebida. (Texto extraído do portfólio da artista) |